Culturas Galeria de Arte

A mitológica Proserpina, também conhecida como Persefone ou Kore, era filha de Zeus e de Demeter e foi raptada pelo tio Hades. Zeus enviou Hermes para interceder pela libertação da filha. Hades deixou-a partir mas, desonestamente, deu-lhe a comer sementes de romã, o que significava que ela ficava a partir daí obrigada a passar parte do ano no reino dos mortos.

O poeta Morrison construiu um poema cáustico e brutal em que relata a história de uma mulher que trabalha para uma companhia petrolífera e quer passa um mau momento durante uma conferência de negócios.

O território em que entramos aqui é tanto de Rego como de Morrison, já que ela também consegue captar a insatisfação feminina de forma muito forte. Na gravura, Proserpina está deitada de costas numa poltrona com um corpo impossível de identificar - mas que parece pesado - pousado sobre a sua cadeira. A posição em que ela se encontra faz lembrar uma terrível paródia às mãos de um ginecologista. O rosto dela parece simultaneamente desanimado, admirado e sarcástico e ao fundo um friso de homens e mulheres observam-na ou ignoram-na. No fundo trata-se de uma visão verdadeiramente infernal. (Rosenthal, T. G. - PR Obra Gráfica Completa)

Impresso em papel somerset texturado por Paul Coldwell na Culford Press em Londres.

Emoldurado com vidro museu.